segunda-feira, abril 9

Viral self-service


Wesley Snipes e Woody Harrelson foram categóricos em 1992 afirmando que "homens brancos não sabem enterrar". Hoje parece uma coisa óbvia, mas na época isso deve ter exigido um grande volume de coragem para um estúdio de Hollywood bancar uma afirmação tão polêmica.
Pois bem, depois do parágrafo introdutório com a referência engraçadinha, a novidade: "publicitários não sabem fazer virais". E provavelmente não sabem enterrar também. É sério, de vez em quando alguns até acertam a mão, mas todo mundo sabe que quase sempre os resultados são vergonhosos.
Mas quem sabe fazer virais? Os desocupados e suas webcams toscas. Em suma: o povão dessa grande internet de meu Deus.
Sabendo disso, surgiu o "zooppa.com". A proposta do site é a seguinte: o cliente posta o briefing, diz quanto quer pagar e a galera faz os seus vídeos. Quem ganhar a votação promovida pela própria comunidade, leva a bolada para casa. E se o cliente quiser, usa o vídeo por aí.
É a idéia mais útil que vi nos últimos tempos. Todo mundo ganha: o cliente, os usuários e até mesmo as agências de guerrilha como a Espalhe. Essa é a redenção dos curiosos gerentes de produto de plantão que aparecem, sem noção alguma, perguntando "quanto custa fazer um viralzinho, por favor". Se o Zooppa pegar, nunca mais teremos que quebrar a cabeça explicando que "viral não é só um vídeo de um gordinho de sunga no YouTube", ou que "marketing guerrilha não é qualquer coisa engraçadinha que aparece pedindo para você comentar a respeito com seus amigos". Isso para não ser grosseiro com as pessoas mais sensíveis (ou preconceituosas) que dizem que só de ouvirem o termo "marketing de guerrilha" sentem arrepios.



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